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A VOLTA DA FÁBRICA DE SONHOS|PORQUE NUNCA É TARDE PARA ESCREVER|QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É UM MERO ACASO

Porque eu não vou te levar a serio

Garota, preciso admitir: eu não vou te levar a sério.

Quando você sorrir após o coito,
Quando você me acordar com uma xícara de café nas mãos,
Quando você acender um cigarro pra mim num momento de estresse,
Quando você for me encontrar após um dia puxado de trabalho,
Eu não vou te levar a sério.

Talvez, você não tenha percebido,
Que entre os nossos mundos,
Há um abismo nos separando.
Daí, o motivo, eu não vou te levar a sério.

E, é claro, você já sacou,
As nossas semelhanças,
O nosso jeito de ver o mundo,
Com tamanha displicência,
A ausência do compromisso,
O medo de se envolver,
Os nossos gostos,
O nosso sexo,
As pernas que se encontram,
Os abraços que nos apertam.
Por tudo isso, eu não vou te levar a sério.

Não, não irei. Jamais.
Pois, ser sério demanda compromisso.
O compromisso aperta, sufoca.
O compromisso cobra.
E compromisso cansa, traz consigo o tédio.
E nós odiamos o tédio. Lembra?
Entediados, os corpos se distraem.
Buscam outras diversões, outros risos.
O tédio afasta, alastra.

Daí o motivo, garota, jamais te levarei a sério.

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